O Fado foi oficialmente distinguido pela UNESCO como Património  Cultural Imaterial da Humanidade. A candidatura tinha sido apresentada pela  Câmara Municipal de Lisboa,em Junho de 2010, oficializada no final do mês de  Janeiro, e foi agora anunciada, confirmando-se assim o reconhecimento  internacional da mais tradicional das canções nacionais numa altura de grande  crescimento do fado.
Nomes como Ana Moura, que trabalhou com Prince e os The Rolling  Stones, Mariza e Cristina Branco, que têm vindo a conquistar o mundo com  concertos, ou Mafalda Arnauth, que canta Astor Piazzola e Carlos Jobim, ou  Mísia, que interpreta Nine Inch Nails e Joy Division, comprovam o crescimento e  a nova era de um estilo que tem sabido reeinventar-se ao longo dos anos, sem que  os seus maiores nomes, como Amália Rodrigues, o maior nome neste estilo,  Hermínia Silva, Alfredo Marceneiro ou Carlos do Carmo sejam alguma vez  esquecidos.
Em declarações à Agência Lusa, Ricardo Fonseca, o último  mestrando em Literatura e Cultura comparadas da Universidade do Minho, afirmou:  «Há claramente uma new wave do fado, este género está a ficar com poucas  barreiras e a ser muito explorado», e defende que esta vitória dá ao Fado  «legitimidade acrescida, orgulho e autoestima, será uma lufada para fazer outras  coisas. O fado tem inegável qualidade, representa a forma de estar dos  portugueses».
A fadista Cristina Nóbrega, explicou à Lusa a vantagem desta  distinção: «quanto maior o reconhecimento que o Fado tiver, melhor para todos.  Intérpretes, para o turismo e para o país». A vencedora do Prémio Amália  Revelação em 2009, afirma que esta é «uma mais valia não só para nós como para o  país».
A distinção do Fado como Património da Humanidade deverá gerar  um Plano de Salvaguarda, um Plano Pedagógico e um Plano de Edição e de  Investigação.
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